7 práticas recomendadas para o gerenciamento de estoque de lojas de supermercados

Apr 30, 2024 9 min

Um dos maiores desafios do varejo é o gerenciamento de estoque nas lojas de supermercados. Otimizar um estoque que abrange uma ampla gama de produtos, incluindo produtos frescos e com prazo de validade curto pode ser intimidador, mas a boa notícia é que soluções com Inteligência Artificial e tecnologias de Machine Learning podem ajudar a simplificar esta tarefa. Ao utilizar um software de gerenciamento de estoque de lojas de supermercados, os varejistas podem facilitar o gerenciamento de estoque e, ao mesmo tempo, gerar um impacto positivo em sua rentabilidade.

Uma melhor reposição de produtos perecíveis significa ter gôndolas de exposição mais bonitas, produtos mais frescos, e margens de lucro mais elevadas. O gerenciamento eficaz de estoques nas lojas de supermercados utiliza da melhor forma as informações sobre o prazo de validade dos produtos e dados sobre o comportamento do consumidor em nível de categoria para reduzir o desperdício de alimentos no varejo.

Cortar desperdício de alimentos e agradar os clientes é uma situação de “ganha-ganha” para todos. Aqui estão sete práticas recomendadas de planejamento de estoque para melhorar seu desempenho:

1. Previsão de demanda acurada para se ter níveis ideais de estoque 

A previsão de demanda acurada é crucial para um gerenciamento de estoque efetivo em supermercados, uma vez que ela ajuda a garantir que os produtos certos estão disponíveis nas quantidades certas e no momento certo. Ter dados incorretos sobre o estoque pode afetar outros aspectos importantes do negócio, como o desempenho da loja, satisfação do cliente,  nível de deterioração de produtos, e vendas. Uma previsão precisa da demanda habilita as lojas de uma rede de supermercados a otimizar seus níveis de estoque, reduzir o desperdício e deterioração de produtos, e minimizar as situações de ruptura de estoque.  

As lojas podem chegar a uma demanda de produtos precisa utilizando-se de dados históricos de vendas, níveis precisos de estoque, e outros fatores relevantes para prever a demanda futura para cada produto individualmente. Se os supermercados conseguem entender claramente os padrões de demanda, eles podem ajustar seus processos de pedidos e reabastecimento para garantir que tenham a quantidade certa de estoque em mãos para atender a demanda dos consumidores, sem superestocagem ou subestocagem. Em última análise, isso leva a uma maior satisfação do cliente, ao aumento de vendas, e a custos reduzidos relacionados ao excesso de estoque ou desperdício.  

Ferramentas móveis de execução para o varejo podem ser sincronizadas com o software de estoque do varejista para oferecer uma compreensão melhor da precisão do estoque, permitindo que os funcionários detectem imediatamente e tomem medidas para resolver quaisquer inconsistências entre o estoque reportado e o estoque real disponível. 

2. Garanta uma abordagem dinâmica tanto para produtos frescos como produtos de armazenamento central

De atacadistas de produtos frescos a varejistas de alimentos, de supermercados sofisticados a supermercados focados em menor preço, de lojas de conveniência a redes de atacado, as equipes de reabastecimento caminham sobre uma linha tênue entre os custos de deterioração e a exposição de produtos nas prateleiras. Nessa relação torna essencial encontrar o equilíbrio ideal.

Os supermercados navegam em uma cadeia de suprimentos que serve tanto a produtos frescos como a produtos de armazenamento central com as mesmas restrições de capacidade e custos de recursos, ao passo que têm de lidar com as suas diferentes características, como a vida útil do código de barras e o espaço nas prateleiras. Por exemplo, os produtos frescos necessitam de um modelo de reabastecimento mais “just-in-time”. Em contraste, os itens de armazenagem central, que têm prazo de validade mais longo, podem ser gerenciados com o foco no seu custo e gestão do espaço disponível. Contudo, ambos devem permanecer ágeis; caso contrário, mudanças na demanda levarão à perda de vendas.

A missão crítica para os varejistas de alimentos é a capacidade de gerenciar produtos altamente perecíveis com diferentes taxas de deterioração até o nível de item. Leia mais sobre os desafios do gerenciamento de produtos frescos em nosso guia, Os pilares para o sucesso do gerenciamento de produtos frescos: como aumentar a eficiência e a precisão para combater a complexidade e o desperdício.

3. Nunca negligencie o prazo de validade no nível do produto ao fazer pedidos de reabastecimento

Todos os grandes varejistas têm contratos com fornecedores que especificam que os itens têm um prazo de validade mínimo acordado após serem entregues. No entanto, nem sempre se dá importância para essas informações no momento dos pedidos de reposição, já que os prazos de validade variam muito. Estas variáveis, porém, podem muitas vezes ser incluídas em previsões de demanda.

Os varejistas precisam de um modelo para estimar os dois principais componentes de custos no varejo de alimentos – deterioração e perda de vendas – em todas as situações reais possíveis. Com base nessas duas estimativas, formula-se uma função de custo para definir o custo total do pedido. Ao compreender o que se ganha e o que se perde em um pedido, um sistema inteligente pode equilibrar os custos entre desperdícios e perdas de vendas em diversas situações. Este processo minimiza os custos variando o nível do estoque de segurança e definindo o valor, resultando no menor custo total mínimo.

Embora a maioria dos pedidos possa ser feita utilizando-se apenas a otimização, o ajuste final geralmente se beneficia de heurísticas inteligentes. A medida mais simples a ser tomada é os varejistas incorporarem as expectativas de prazo de validade nos parâmetros de pedido do sistema de gerenciamento de estoque do supermercado.

Por exemplo, os parâmetros definidos podem vincular os cálculos do estoque de segurança a um máximo de “x%” da previsão de vida útil esperada ou podem ser usados para criar relatórios de exceção quando os estoques de segurança tiverem alta probabilidade de ultrapassar um limite definido. Enquanto isso, estabelecer exceções para quando os dias de fornecimento de um produto excedem “y%” do prazo de validade pode ajudar a destacar quais os produtos que precisam de uma supervisão mais rigorosa.

Desenvolva relacionamentos sólidos com fornecedores para garantir entregas no melhor momento, negocie melhores condições e colabore em estratégias de gerenciamento de estoque. Isso ajuda a manter níveis ideais de estoque e reduzir custos associados a rupturas e excesso de estoque.

4. Incorpore a previsão de deterioração de produtos — com a ajuda de simulações

As previsões de deterioração são úteis no cálculo dos parâmetros do pedido, mas sistemas de previsão muito bons também podem utilizá-las nos cálculos de reabastecimento, considerando a deterioração futura. Em Centros de Distribuição, as equipes geralmente introduzem saldos de estoque em nível de lote com informações sobre o prazo de validade e datas para venda desse estoque. Esses dados ajudam a manter a disponibilidade alta, reabastecendo antes que o estoque se deteriore, e sinalizando sobre itens que precisam ser vendidos rapidamente.

Um reabastecimento melhor dos produtos perecíveis significa que os produtos em exibição tem uma aparência melhor, que o consumidor tem produtos mais frescos à disposição, e que você venderá mais. 

Isto é ainda mais complicado no ambiente varejista, uma vez que os consumidores nem sempre compram com base no princípio “primeiro a entrar, primeiro a sair”. Eles querem os itens que tenham a aparência de mais frescos, independentemente de há quanto tempo o item está em exibição. Felizmente, as ferramentas modernas de reabastecimento podem estimar o comportamento de compra do consumidor e gerar estimativas para o saldo do lote. Os sistemas podem utilizar números precisos de deterioração simulada nos cálculos de reabastecimento para manter a disponibilidade ideal, mesmo para produtos de baixo volume. 

5. Gerencie cada produto individualmente – mas tenha compreensão de como os produtos se comportam em grupo 

Em muitas categorias de produtos perecíveis, os produtos são substituídos tão facilmente por outros que o consumidor pode trocá-los sem pensar duas vezes. O pão fresco é um bom exemplo. O primeiro passo da RELEX para a otimização do reabastecimento de pão com um cliente, foi identificar quais eram os produtos “insubstituíveis” em cada subcategoria por meio da classificação ABC em nível de loja.

A RELEX gerenciou o abastecimento com a crença de que estaria tudo bem se os produtos “substituíveis” acabarem no decorrer do dia, mas sempre deve haver estoque dos produtos insubstituíveis em todas as categorias básicas (por exemplo, pão francês, pão de forma normal, sem casca). A otimização teve o impacto esperado no desperdício de alimentos, mas foi surpreendente o quanto as vendas da categoria e as margens de vendas também aumentaram (em média mais de dez pontos percentuais). Devido ao melhor giro do estoque, os produtos mais frescos simplesmente atraem mais o consumidor.

6. Vá mais a fundo nos seus dados de nível “dia”

No varejo, ganhos significativos vêm de pequenas melhorias em uma gama incontável de combinações SKU-loja (SKU = unidade de manutenção de estoque). Porém, para conseguir bons resultados gerais, você deve ter controle absoluto dos seus dados, desde os níveis mais granulares. Vamos usar um exemplo de uma rede de lojas que é conhecida por servir refeições frescas mais sofisticadas. Quando os gerentes investigaram mais de perto um alerta de exceção gerado pelo sistema, eles descobriram um nível inaceitável de deterioração no grupo de produtos “carnes frescas”.  

Uma análise dos dados no nível loja sugeriu que o problema afetava somente as lojas pequenas e de menor fluxo. Um aprofundamento nos dados até o nível de SKU-loja levou à raiz do problema — um pequeno número de produtos mais premium e caros, como por exemplo, o Bife Wellington. Uma análise mais detalhada das previsões de vendas e cronogramas de entrega mostraram que as vendas ocorriam principalmente às sextas-feiras e sábados — uma vez que esses produtos mais nobres da categoria de produtos “carnes frescas” seriam destinados a almoços e reuniões de família que ocorrem nos finais de semana. 

Uma vez que o cronograma de entregas ocorria tipicamente às segundas-feiras e que as vendas eram baixas de segunda a quinta, a maior parte do que era entregue acabava por virar desperdício e ser descartado. A cadeia de lojas teve que simplesmente reduzir a oferta disponível de produtos nobres de segunda a quinta para resolver o problema. Claro que isso só foi possível porque eles tinham em mãos uma solução já instalada que os permitiu ter resultados imediatos e transparência completa.

No varejo, ganhos significativos vêm de pequenas melhorias em uma gama incontável de combinações SKU-loja. Para conseguir bons resultados gerais, você deve ter controle absoluto dos seus dados, desde os níveis mais granulares. 

Ter um bom conjunto de dados é essencial para o bom gerenciamento de estoques em lojas de varejo do canal alimentar, especialmente uma vez que é um ambiente extremamente complexo, mas os dados em si não são. Todos os dados do mundo não terão utilidade se você não for capaz de acessar os dados facilmente e compreendê-los. 

7. Melhore os KPIs do software de gerenciamento de estoque de supermercados

A tecnologia pode ser crucial na melhoria do gerenciamento de estoque de produtos frescos e para ajudar varejistas a lidar com o estoque sazonal fornecendo uma previsão mais precisa, automatização de pedidos e reabastecimento.  A tecnologia também pode fornecer visibilidade em tempo real dos níveis de estoque e movimentação de produtos. 

Algoritmos avançados de previsão de demanda podem ajudar a prever a demanda por produtos frescos com mais precisão, levando em consideração fatores como sazonalidade, clima e promoções. Soluções de previsão de demanda podem ajudar os varejistas a otimizar seus níveis de estoque e reduzir o desperdício que ocorre oriundo de deterioração. 

O software de gerenciamento de estoque de varejo do canal alimentar também pode ajudar a automatizar o processo de pedido e reabastecimento de produtos frescos, garantindo que os pedidos dos produtos certos sejam feitos no momento certo e nas quantidades certas. Isso pode ajudar a reduzir rupturas e excessos de estoque que levam à perda de vendas e ao aumento do desperdício. 

Faça um upgrade no seu gerenciamento de estoque de supermercados com a RELEX

A RELEX oferece visibilidade em tempo real dos níveis de estoque e da movimentação de produtos, permitindo que os varejistas identifiquem rapidamente e resolvam qualquer problema que surgir. Essa visibilidade pode ajudar a melhorar a eficiência geral da sua cadeia de suprimentos e reduzir o risco de desperdício devido a produtos cuja data de validade foi alcançada ou a produtos que não podem mais ser comercializados.   

O software de gerenciamento de estoque de supermercados da RELEX entrega aos varejistas o poder de gerir grandes volumes de dados, granuralizá-los da maneira que desejarem com dados em tempo real para entregar resultados rapidamente. A RELEX ajuda os varejistas a gerenciar seu planejamento de estoque para fazer o melhor uso das informações sobre prazo de validade dos produtos e comportamento do consumidor em nível de categoria para reduzir o desperdício de alimentos.